O Epílogo da roda gigante

Ao chegar no ensino fundamental já sabia que tinha o dom de escrever, o que era difícil para os colegas era fácil para mim, chegando no ensino médio apesar de gostar de outras disciplinas e dominar todas elas, o português era muito vibrante, brincar com as letras e palavras era “um doce” para mim, começou a aparecer as redações, quase sempre as minhas eram as melhores e num concurso de redação eu fiquei em primeiro lugar, terminando o 2 º grau vieram os vestibulares e fui aprovado em todos os 3 que participei, mas nem tudo foram flores na minha vida, vindo de família extremamente pobre, morávamos na beira do rio onde minha mãe lavava nossas roupas e onde eu e meus irmãos nos banhávamos, o fogão era a lenha, piso de terra, a carne que mais comíamos era peixe porque meu pai chegava do trabalho e chamava eu e meu irmão abaixo de mim e íamos à noite jogando a tarrafa, essa era nossa maior fonte de proteínas, mais o leite que comprava da roça para alimentar os cinco irmãos, toda essa dificuldade me levou a trabalhar dos 7 aos 8 anos eu levava marmita para meu pai nas obras e depois vendia verduras nas ruas, aos 10 anos entrei na maior farmácia da cidade.

Deixei de ser médico para fazer o que mais gostava, ser empreendedor, cheguei lá e fui empresário muitos anos, como meu sonho, também me formei em farmácia bioquímica, não podia falhar, não olhar para trás, porque o começo foi muito difícil, mas criei minha família dando do bom e do melhor, meus filhos, a filha médica veterinária e o rapaz é engenheiro, mas também empresário de comida mexicana, e me aposentei, mas continuo trabalhando como escritor e terapeuta holístico.